Há dias em que a vida passa despercebida. Parece que não se vive.
Amanhece. Há sol, rotina, há tudo no mesmo lugar, menos você.
Eu não estou no mesmo lugar. Estou distante, passando pelo dia.
O clima muda, você se percebe vivo. Assiste, ri, cuida do corpo e se olha no espelho.
Anoitece e do lado de fora ouço "ventos, ventania". Penso que "daqui a um mês", a noite vai ser diferente: terei um amor por perto, pra falar sobre a vida ou não precisar falar sobre nada. Apenas olhar e sorrir. Quando estão juntos ouvem e acreditam: "um dia a gente há de ser feliz, se Deus quiser!".
Mas, por hoje, um "pequeno príncipe" me espera na cama. Vou lê-lo, ou melhor, relê-lo. Suspirando e pressionando as páginas contra o peito. Pra sentir. Me sentir. Pra lembrar que tenho um coração que pulsa. Que tenho uma alma sinestésica.
O frio que sinto por dentro é maior do que a temperatura fora do quarto. O céu fecha, fica nublado. Chove torrencialmente.
Por dentro o coração reflete o tempo. Nubla. Espera o sol ou espera apenas adormecer, pois acredita em ditados: "depois da tempestade vem a bonança".
Acredita em amor também. Acredita em si.
É um coração forte. Sabe aproveitar a chuva também. Sabe viver em dias de sol ou dias nublados.
Com o tempo, aprendeu um pouco sobre o viver. Sobreviver!
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