Desabafo

Depois de fevereiro cada um seguiu seu rumo.
Mesmo sofrendo, cada um seguiu sua vida: com seus maridos, esposas, filhos, amigos...
e eu?

...

Eu sabia que seria assim...

Tenho que me acostumar a não ter ninguem pra conversar.
Tenho que me acostumar a não ter ninguem pra comemorar comigo quando um novo amor aparece (e some) ... quando tiro um 10 na faculdade ou simplesmente quando quero desabafar...
Só me resta escrever...
Escrever pra mim ou pra ninguem...
Inconsolável a sua falta.
Se soubesse que iria te perder teria te amado o dobro, o tríplo...
Não teria desperdiçado nenhum segundo da sua companhia.
Me sinto só... e não importa o quanto digam que me amam, que "estão aqui" comigo, aprendi com você, Zaca, que amizade quer dizer 'gastar tempo' com o outro. E nesse mundo de hoje o que menos temos é tempo pra gastar... tempo é dinheiro... gastar tempo é ficar mais pobre, desperdiçar tempo é jogar dinheiro fora...
Obrigado por ter gasto muito do seu tempo comigo... por cada vez que me ouviu antes de dormir... por cada vez que desperdiçou seu tempo comigo. Cada minuto foi precioso. E cada tempo que 'gastei' com você valeu a pena.
Gastaria muito mais e morreria 'pobre', mas sabendo que o maior tesouro que poderia guardar, eu guardei: sua amizade.

Inconsolavelmente, Te Amo!


Ferro.

Quanto tempo nos resta?


Nos acostumamos a ver o sol nascer todos os dias e a tomar café às pressas com nossos pais. A pegar o "coletivo" e executar nosso trabalho com atenção.
Acostumamos a voltar pra casa e cumprir nossas obrigações: comer, dormir, falar o necessário, conhecer pessoas, amá-las e abandoná-las. Não necessariamente nessa mesma ordem. O certo é que nos acostumamos a "levar a vida" ou deixá-la nos levar.
Quem se programaria pra não existir? Seria loucura viver cada dia como se fosse o último e igualmente loucura seria viver como se a qualquer momento fôssemos perder aqueles a quem tanto amamos.
A pergunta é: quanto tempo nos resta?
Pra pedir perdão...
Pra amar com paixão...
Pra viver, viver...
Triste seria passar a vida assistindo-a ou sendo um vegetal. A não ser que assistamos juntos e vegetamos a dois. Quem sabe assim valeria a pena.
O que não podemos é não viver. Apenas sobreviver à vida.
“Eu sei que a vida devia ser bem melhor e será" quando rompermos com o medo de sonhar alto, de amar muito e ter a certeza de que não nos resta tempo algum. O único que temos é esse.
Quer seja pra viver ou pra morrer a vida.

Azaias Lima Souza

O mundo, nas reticências.

O mundo cabe aqui.

Engraçado como, às vezes, por si só 'as coisas' se explicam.
Refletindo sobre o uso das reticências percebi que elas
diziam mais que palavras quando, na verdade, não haviam mais palavras a dizer.


Buscando a origem do sinal vi algo interessante:

"...o singular da palavra em questão já trazia essas “más intenções” inscritas
em sua definição original. O substantivo vem do latim reticentia, que quer dizer “silêncio obstinado”. O enunciado remete a uma “omissão intencional de uma coisa que se devia ou podia dizer”, o que nos confirma o caráter de subterfúgio do conceito em questão" (Mini-tratado das reticências (em defesa de uma inutilidade necessária…) de Paulo Roberto de Almeida).


Quando não há explicação (...)
Quando falta o 'bom argumento' e não se pretende ser 'falacioso' (...)
Quando se quer muito dizer uma verdade, mas o 'filtro do bom senso' não deixa (...)
Quando deseja a outro mais do que palavras poderiam expressar (...)
Quando a culpa é nossa e não queremos admitir (...)
Quando a tristeza não se pode explicar (...)
Quando a grandeza do amor não se pode mensurar (...)



Assim, as reticências nos salvam quando não sabemos o que dizer ou quando optamos pelo 'silêncio obstinado' para, paradoxalmente, dizer com mais ênfase o que queríamos.

Enquanto escrevia o texto, recebi a visita de Assistentes Sociais para falar sobre o Zaqueu (vide texto Zaca Sá)

(...)

Não há mais o que dizer...

Enfim...
O mundo cabe aqui (...)
Ferro.

Fase 'Weberiana'.

Quem roubou meu encanto, me ensinando que o mundo é racional?

Onde estão os meus sonhos antes de dormir?

Cadê meus palácios... Minha família real e meus castelos, até então, encantados?

Meus príncipes e princesas?

Que lobo mal!!!
Levou meus sonhos de criança e de 'gente' grande também.
Me fez 'pensar' que existo porque penso... Ou será que só penso porque existo? Ainda não aprendi a diferença... E nem sei se ainda quero aprender.

Pra ser sincero... Quero viver a fase 'Marisiana' da vida.
Morar num "vilarejo", que areje um "vento bom na varada" e me faça esquecer esses "tempos modernos", onde até o 'mundo cor-de-rosa' é cinzento.

Já não se fazem mais 'mundo encantado' como antes...
Já que não fazem, eu invento o meu.
Mas "não se perca ao entrar no meu infinito particular".


Ferro.

Indivíduo no Coletivo



Transporte coletivo: não há nome mais apropriado pra ele! O que poderia ser estritamente particular torna-se comum a todos. É o lugar onde se transporta e se compartilham histórias, traumas, valores e crenças.
Comprar ou não? Mudar de casa ou permanecer na mesma? Implorar por socorro em silêncio ou aos berros? Sentir raiva, amor, alegria ou tristeza nada disso é permitido que se faça sozinho. Uma enquete forçada te obriga a julgar, avaliar, questionar, opinar ou, no mínimo, refletir sobre a “questão” da vez, que sempre é proposta pelo mais ousado passageiro ou por aquele que rompe com “o silêncio coletivo”, quando isso é possível, e coloca seus problemas ou desabafos na vitrine do ônibus.
Laços, de afeto e desafeto, se fazem. Vidas interagindo “à força”, planos e sonhos em comum e um desejo igualmente coletivo: “ser individual”, não precisar mais de espectadores para seus desabafos ou não estar na platéia, pelo menos. Mas o contrário também é válido, sair do seu mundo de solidão e querer sim, compartilhar espaços, conversas ou apenas companhia... Seja de um ou de cem.
E ainda há aqueles que escrevem sobre isso, que não estabelecem relação com outros e que, apesar de estar perto, nem está ali. Está em outro lugar: em alguma praia do nordeste, sentindo o vento forte e bebendo uma água de coco gelada ou em um escritório frio no sul, escrevendo como as pessoas se apertam e se relacionam nos transportes coletivos.

Azaias Lima Souza

Zaca Sá


(O texto a seguir escrevi no dia do aniversário do Zaqueu. Ele foi, sem nenhuma dúvida, meu melhor primo, melhor amigo, melhor confidente. Impossível esquecê-lo. Todos os dias lembrarei dessa pessoa que tanto amei e que tanto contribuiu para que eu fosse o 'Ferro' que sou. Obrigado, Zaca!)



'Bicicletinha' vermelha
Pé-de-manga
Quintal da Tia Deta
Brejo
Joguinhos
Desenhos
Escola
Som no quarto
Fita
Mágica Celestial
Ursinho cinzento
Casa de barro
Cofre na parede
Pé-de-jaca
Banheira
Petecas
Três mangas em uma sacola
Pé-de-siriguela
Casa da Vó
Kênia
Férias com a Janaíza
Brincadeiras - 'infinitonários'
Telhas - conversas
Calçada da Raimunda
Minha casa
A 'maldição' do banheiro
Parada de ônibus
Cefet
Fly Back
Casa da Tia Luza
Uema
Poemas
Cris, Rakel...
Marisa Monte
Fortaleza
Praia do Futuro
Tapioca Recheada
Dividir fone enquanto almoça
Conversas no 'msn'
Fevereiro Negro
Solidão
Tristeza

Lembranças... A primeira delas lembro como se fosse... Há muito tempo, e foi...
Éramos crianças e te vi...
Andando em sua bicicletinha vermelha que eu tanto admirava (eu nem sequer sabia andar e você, 'deste tamanho', sabia... como é esperto!!! como é inteligente!)
Passei a vida a te admirar, mas de repente não sou apenas um espectador... Sou parte real dela... Não somos mais primos, somos amigos, (os melhores!) e foi assim por toda vida... Por toda sua vida.
É impossível esquecer-se de cada coisa... A lista acima só marca parte delas. Em nenhum livro caberiam as "memórias, crônicas e declarações de amor" que podemos ter.
E ainda me pedem pra não chorar! É impossível!!!
Dramático, eu? Não! Sensível!!! Estou desnorteado, mesmo!!! Sofrendo, mesmo!!!
Vivendo a cada dia com a lembrança de um trágico fim de semana.
As noites são longas... Os sonhos são constantes... E os pesadelos também. "Ao meu redor está deserto, você não está por perto e ainda está tão perto". Dentro de tudo que vejo, de tudo que leio, de todos que conheço!

Queria hoje não ter nada pra te dar... Ainda assim colocaria três mangas em uma sacola... Levaria na sua casa e diria: "Feliz Aniversário, amigo! vamos comer seus presentes".

Te amo, Zaca... Dói não poder retribuir o presente que ganhei no meu aniversário!

Ficha Completa (ou quase)

Me chamo Azaias Lima Souza, filho de João Macário de Souza e Maria das Neves Lima Souza.
Tenho 24 anos (sei que não parece kkkk) e faço faculdade de Jornalismo na UFMA.
Desde criança me chamam de Ferro. Está bem... Eu explico o motivo.
[Desde muito pequeno, por volta de 2 anos de idade, eu era um garoto muito... (peralta?) criativo. Brincava pela oficina do meu pai; caia e não chorava... Além disso sempre fui alvo dos 'cascudos' dos meus irmãos mais velhos (sou o caçula) e como era muito teimoso eu só respondia: "nem doeu, nem doeu" e cada vez me davam cascudos mais fortes, mas como não queria perder o posto de 'ferro duro' sustentava a mesma resposta.
Quando ficava zangado, batia a cabeça na parede (apesar de ser bem novinho na época, eu lembro disso) então não deu outra... Assim nasceu meu apelido!
Pra ser sincero não conheço muito o Azaias... ele sempre foi um pouco distante de mim (em outro texto eu conto essa ambigüidade), não tenho dupla personalidade, mas sempre fui consciente de que há dois 'eus' distintos (Ferro e Azaias), mas isso fica pra próxima.]
Continuando... Tenho 7 irmãos: Raimunda (irmã de criação, o que não a faz diferente de nenhum dos outros, aliás, a faz mais especial ainda... é nossa primeira irmã e nos trata como filhos) Neemias, Jedaias, Jeremias, Nerias, Jesaias e Eliene (Note-se que meus pais foram bem criativos ao escolher nossos nomes, não acham? kkkk).
Minha família é uma preciosidade! Inexplicável a forma como nos amamos e como somos 'família' no sentido mais 'romântico' da palavra. Claro que, como em todas, há brigas, discussões, defeitos, mas se não fosse assim não seria uma família completa, não é?
Ao falar em família lembro de todos os outros membros dela. Desde criança sempre participávamos de almoços familiares com avô, avó, tios, primos, enfim família toda reunida mesmo! Isso criou em nós "Família Macário e Família Lima" laços de afeto muito fortes, tanto que meus primos, pra mim, são 'irmãos que nasceram de pais diferentes'.

E o que dizer dos meus sobrinhos? Amo a todos, sem exceção!
Meu sobrinho mais 'velho' é o Evando Raízio Silva Maciel... ele é um garoto admirável!!! Tem 18 anos (se não me engano), faz faculdade de pedagogia na UEMA, mas quer fazer Jornalismo também (igual ao tio kkkk). É um rapaz de uma educação invejável. Todos sentem-se amado ao seu lado, pois é muito carinhoso e atencioso. Além do que é um excelente filho, que o diga a Raimunda e o Evilázio, sem falar que é um gatão!!!

Minha primeira sobrinha é a Priscila Moura de Lima (17 anos). É muito dificil falar dessa garota, pois todos sabem que desde criança sempre fomos muito amigos (tenho medo de os outros sobrinhos interpretarem errado, mas é inexplicável nossa proximidade) eu a considero, sem dúvida, uma das minhas melhores amigas, (não é o primeiro caso na família, tenho muita sorte de ter meus melhores amigos como parentes, a exemplo do Zaqueu, o qual vou dedicar um texto especial pra apresentá-lo). A Cilla Moura, como é conhecida, é um presente! Uma garota admirável que tem um grande coração, uma personalidade extremamente forte, por isso é uma pessoa que 'marca', e tem um coração que é uma jóia rara! (dificil falar dela sem se emocionar) e sem falar na beleza! Esse aspecto nem há o que comentar!

Depois dela vem o Ramon Moura de Lima, um rapaz de 16 anos (ainda), que tem um coração raro também. Quando lembro do Ramon lembro da infância... de quando o levava para escola, de quando o assistia jogar futebol (ele é um excelente jogador, bem diferente de mim que não jogo absolutamente nada), de quando passava fins de semana em minha casa. Lembro também de sua paixão por motos, dentre outras coisas! Minha preocupação com o Ramon é onde ele está... onde eu o perdi... já faz um tempo que eu não o reconheço muito e queria muito que ainda fosse o rapazinho de uns tempos atrás, que não se preocupava com nada além dos estudos, jogos de futebol e as paqueras (tenho uma família abençoada, pois o Ramon é simplesmente um gatão mesmo! daqueles que qualquer garota gostaria de ter como namorado).

Então vem a Rízia Dourado Souza... Ah e como é linda!!! Essa minha sobrinha é uma pessoa extraordinária! Incrível como consigo 'ler' o que ela não fala! (ela é muito calada), talvez ela nem saiba o quanto a admiro. A Rízia é uma garota extraordinária porque consegue ser 'meiga' sem ser 'boba', consegue ser 'adolescente' sem perder a cabeça, consegue ser tímida e ao mesmo tempo comunicar muito de si. E é incrivelmente linda! Minha torcida agora é que ela venha pra minha cidade, passe no vestibular para Direito, que é o que ela quer, e seja uma profissional de sucesso, muito sucesso!

Depois da Rízia vem o Jhulley Haniel Dourado Souza. O 'diBiel'... o que falar desse garoto! O Haniel é um cara espetacular, pense num amor de menino... incrível como é carinhoso, esperto, inteligente (apesar de estar repetindo de ano não é, Haniel?) e muito querido pelos outros sobrinhos... Ele é o tipo de cara que consegue cativar!

Em seguida vem o meu pigüim favorito, o Gabriel Aroeira de Souza (não sei se acertei o sobrenome) é um carinha que, com certeza, vai ser um gênio! Disso ninguem tem dúvidas. Pense num garoto esperto! Mas também... filho do 'mais inteligente da família' (isso sempre foi inquestionável por todos até eu passar na federal! kkkkkk), mas justiça seja feita, o pai do Gabriel é realmente um gênio... um cara super inteligente, mas não vem ao caso... o certo é que o Gabriel herdou a inteligência do pai e da mãe, a beleza de ambas as famílias e a simpatia que só a Leilah (mãe dele) mesmo pra ter! Assim fica fácil prevê o futuro desse garoto!!! É sucesso na certa!

Então vem o Caio Moura de Lima, um sobrinho lindo, inteligente, esperto. O Caio é um gênio também, incrivel como esse garoto de 4 anos (se não me engano) sabe mexer com os 'aparatos tecnológicos' na maior facilidade. Ele liga computador, joga online, abre pastas, escolhe músicas, liga o video-game (note-se que ele ainda nem sabe ler). É um verdadeiro filho dos 'tempos modernos'. Sem falar que é lindo, lindo, lindo!!!

Enfim chegou o mais novo 'gordo' da família, Isaac Moreno Sousa da Costa (não tenho certeza se é esse mesmo o sobrenome kkk) de apenas três meses. Uma pessoinha linda que chegou pra aliviar nosso segundo semestre, pra trazer riso aos nosso dias e, no futuro, gargalhadas de alegria pela sua vida.

Enfim... a ficha que era 'minha' acabou sendo da família... Mas isso se explica porque não há como falar de mim sem mencioná-los. Não há como me conhecerem se não souberem da extraordinária família que eu tenho, se não souberem que tenho amores que perdi e outros que ganhei.
Em outra oportunidade falarei mais sobre mim... ou melhor, ao ler meus textos vocês me conhecerão muito, e verão todas as possibilidades de 'ser Ferro'.

Bem Vindos ao mundo 'de Ferro'.


Bem... não sei me definir e acho que não há definições (ou há várias).

"Sou mil possíveis em mim..."


Este espaço foi criado para: comunicar, desabafar, noticiar, expor (fotos, textos) e postar alguns textos que, raramente, escrevo (e quando escrevo mais ou menos).

Apesar de cursar Comunicação Social - Jornalismo, não escrevo bem... mas prometo escrever algo 'legível'.


Estranho essa 'apresentação'... parece que 'um monte de gente' vai ler... mas... a intenção do blog também é essa... além de funcionar como um 'Diário' de bordo da vida do Ferro (eu mesmo!!!).


Bem... hoje é só as 'Boas Vindas'.

Depois escrevo a 'Ficha completa'


Um grande abraço aos amigos que virão me visitar... e aos amigos que farei nessa nova vida de blogueiro...


Ferro.